Quando iniciamos algo, geralmente lembramos desse momento
para sempre.
As giras de Umbanda impressionam quem não conhece ou está
acostumado, por isso acho que o início é muito marcante na vida dos
umbandistas. Em muitos terreiros pessoas se interessam e admiram nosso
trabalho e muitas vezes querem fazer parte da casa sem ao menos conhecer o
espiritualismo. Vejo cabeças girando pra lá e pra cá sem um mínimo de
conhecimento e até mesmo interesse em aprender.
Sim, é muito bonito um Orixá em Terra, a chegada dos
caboclos, mas não basta. As pessoas acham lindo e se orgulham de receber seus
guias e Orixás, mas não sabem rezar um Pai Nosso completo.
Não acho que a Umbanda deve ser codificada ou que criemos
regras, porém o estudo da religião e da espiritualidade em geral é fundamental.
Se houvesse uma espécie de “primário da Umbanda”, teríamos muito mais Caridade
e menos “Trago seu amor em 3 dias”.
Recomendo a leitura do livro: “Iniciação à Umbanda” -
Ronaldo Antonio Linares e Diamantino Fernandes Trindade e Wagner Veneziani Costa.
Explica a história da Umbanda, Sincretismo, Cores, Orixás e elementos
utilizados nos terreiros.
Abaixo um exemplo que não deve ser seguido, nossa religião
sendo exposta por um farsante “Pai de santo” que ao menos conhece a história da Umbanda
e envergonha a todos os umbandistas fingindo estar incorporado, o famoso
marmoteiro.